Necessidades e desejos
Todos os seres humanos em qualquer fase da vida, sentem necessidades. E a maioria dificilmente é suprida. Dizem até que a medida do TER é infinita. Quanto mais se tem, mais se quer. Isso é algo inerente ao ser humano. De acordo com o nível de compreensão, de consciência, e a maneira como se processa a educação, é possível se conformar com aquilo que se consegue alcançar. Mesmo que não satisfaça a sua vontade.
Desde a primeira infância, os bebês sentem suas necessidades. Aquelas a que chamamos de BÁSICAS, como o alimento, o asseio, cuidados com a saúde etc., devem ser atendidas a todo custo. Não podemos esquecer que o afeto também é uma delas. É fundamental que os pais tenham essa compressão. E fiquem atentos aos sinais.
O choro do bebê, por exemplo, é a forma de expressar suas necessidades e anseios. Muitas vezes, eles choram porque querem apenas afeto, um alimento muito importante nessa fase. Mas vale lembrar que, como todos os seres humanos são diferentes, os pais devem saber entender o comportamento de cada um.
Há crianças que não dormem bem, ou como os pais gostariam. Acordam sempre no meio da noite e apresentam outros comportamentos que contrariam os anseios dos pais. Mas podem ser casos sintomáticos de quer existem outros problemas mais profundos. E nesses casos, devem ser adotados outros cuidados. À medida que a criança cresce, os sinais podem até ser os mesmos, mas já começam a fazer algumas exigências.
É importante que se atendam às necessidades, sempre, e nem sempre os desejos. O conceituado psicodramista Içami Tiba afirma, em seu livro “Seja feliz, meu filho”, que “a criança pequena não vai contestar de maneira lógica, mas biológica. Nesse período, é regida apenas por leis determinadas pela biologia da espécie humana”. Na verdade, ela pede ou chora por comida, quando tem fome, dorme quando está com sono.
Cabe aos pais fazer as escolhas, considerando que os pequenos ainda não sabem distinguir o necessário. Se ele já sabe cobrar aquilo que não é possível atender, pelo menos naquele momento, talvez seja mais prudente orientar as razões do não atendimento. Mesmo que ele se irrite. É mais ou menos como proibir que ele use o banco da frente do carro, quando ainda não é permitido. Ele chora, esperneia, grita. Mas não se deve ceder.
Afinal, fazer feliz não é deixar fazer o que ele quer. Isso também serve para que saiba esperar. Isso é uma forma de se educar, disciplinar. A rotina da criança deve ser determinada pelos pais. Todos os cuidados devem ser adotados. É importante se respeitar os sentimentos e proporcionar o bem-estar do educando, desde cedo. Estabelecer limites desde cedo, é uma ótima forma de se iniciar os ensinamentos sobre cidadania. Os hábitos, como o asseio, horários para dormir, para estudar, para brincar, são fundamentais nesse processo, respeitando-se as individualidades e os sentimentos biológicos.