G20 detabe a relação mudanças climáticas e saúde
À frente do G20 , o Brasil trabalha para consolidar a abordagem Uma Só Saúde como eixo central de cooperação global. “Iniciamos nossas atividades no contexto da reunião ministerial de saúde, com o objetivo de promover um evento de alto nível para discutir e implementar a estratégia Uma Só Saúde”, destacou a ministra Nísia Trindade, ao abrir os trabalhos do segundo dia de reuniões do G20 Saúde, no Rio de Janeiro.
A estratégia Uma Só Saúde (One Health) tem como objetivo integrar a saúde humana, animal, vegetal e ambiental, para fortalecer a resiliência global diante de ameaças como pandemias, resistência antimicrobiana, mudanças climáticas e outras ameaças à saúde.
Assim, a abordagem transcende fronteiras disciplinares, setoriais e geográficas, buscando soluções sustentáveis e integradas para promover a saúde dos seres humanos, animais domésticos e silvestres, vegetais e do ambiente mais amplo (incluindo ecossistemas).
Nesse contexto, o G20 reúne, até o dia 31 de outubro, líderes globais com foco no debate sobre saúde e segurança climática, reforçando o compromisso do Brasil em liderar uma estratégia integrada para os desafios ambientais e de saúde.
A ministra Nísia Trindade, anfitriã das discussões, reforçou a oportunidade de receber os líderes internacionais e ressaltou a importância da cooperação global. “É com grande alegria que os recebo na cidade onde nasci, o que torna este evento particularmente especial para mim,” disse.
A ministra brasileira ressaltou a importância de fortalecer a governança em políticas de saúde, melhorar a integração entre setores e desenvolver capacidades locais e globais. “Devemos focar no fortalecimento da governança, da legislação e do financiamento da abordagem Uma Só Saúde, garantindo que as diretrizes e estratégias sejam implementadas e avaliadas com eficácia,” afirmou.
Em um alerta sobre os impactos das mudanças climáticas, Trindade destacou os riscos crescentes para a saúde global. “As mudanças climáticas têm consequências diretas e graves para a saúde das populações. Enfrentar essas questões exige uma visão holística, que contemple a saúde ambiental como um componente essencial para a promoção da saúde em todas as suas dimensões”.
O evento também conta com a colaboração da Aliança Quadripartite – Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) — no desenvolvimento de políticas que promovam a integração de dados, pesquisa e estratégias multissetoriais. “Essa cooperação entre os países e organizações globais, alinhada à visão do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é essencial para que a saúde seja compreendida em toda a sua complexidade,” concluiu a ministra.
Agência Gov